Desde o Big Bang, o universo está em constante expansão, e essa expansão tem se acelerado cada vez mais devido à energia escura. Os cientistas descobriram essa característica ao observar que as galáxias estão se afastando cada vez mais umas das outras. Não é possível viajar até o limite do universo observável, mesmo que pudéssemos utilizar uma nave espacial capaz de atingir velocidades próximas à da luz. Mas do que exatamente é feito o Universo?
Ao pensar sobre o que há no espaço, você provavelmente diria que existem corpos celestes, poeira cósmica, gases, elementos químicos e muito mais. Ou talvez, você imagine o espaço como um local totalmente vazio. Porém, a definição do universo é um pouco mais complexa que isso, possivelmente até mais filosófica. O que podemos afirmar com certeza é que o espaço está longe de ser vazio; pelo contrário, abriga trilhões de estrelas e outros objetos celestes.
O Universo abriga bilhões de galáxias, e a Via Láctea, onde estamos, é apenas uma delas. Se refletirmos sobre a quantidade de planetas que podem existir em todo o cosmos, chegamos a números praticamente incontáveis. No entanto, os cientistas perceberam que alguns elementos parecem estar presentes em todo o Universo, seja na Via Láctea ou em galáxias a milhões de anos-luz de distância.
No modelo científico atual, os astrônomos acreditam que o Universo é composto de matéria escura, energia escura e matéria comum. A matéria e a energia escuras são invisíveis, mesmo para os equipamentos mais avançados, e ainda não conseguimos explicar exatamente o que elas são. Por outro lado, a matéria comum inclui tudo o que podemos observar.
“Acredita-se que o Universo consiste em três tipos de substância: matéria normal, matéria escura e energia escura. A matéria normal consiste nos átomos que compõem estrelas, planetas, seres humanos e todos os outros objetos visíveis no Universo. Por mais humilhante que pareça, a matéria normal quase certamente representa a menor proporção do Universo, algo entre 1% e 10%”, a Agência Espacial Europeia (ESA) explica em um comunicado oficial.
Os ingredientes do Universo
De acordo com dados de observatórios espaciais, os cientistas estimam que cerca de 68% do Universo seja composto por energia escura, 27% por matéria escura e apenas 5% por matéria comum.
Essa pequena fração da matéria normal é constituída quase inteiramente por hidrogênio e hélio, formados por prótons, nêutrons e elétrons. Contudo, os outros 95% permanecem um grande mistério, já que não conseguimos explicar completamente o que são.
Tudo o que existe no Universo, desde os elementos da tabela periódica, objetos celestes, buracos negros — até você, que está lendo este artigo — foi criado após o surgimento do hidrogênio e do hélio, logo após o Big Bang. Sem dúvida, os 95% compostos por matéria e energia escura também são fundamentais para tudo ao nosso redor, mesmo que a ciência ainda não saiba exatamente como.
Em um artigo no site The Conversation, a professora de física da Universidade do Texas em Arlington, Nilakshi Veerabathina, explica de forma didática que o Universo pode ser comparado a um balão de festa, onde a matéria escura corresponde ao material do balão, enquanto a energia escura seria o ar que infla esse material.
m outras palavras, a energia escura é responsável por acelerar a expansão do balão. É como se a matéria escura formasse as paredes do Universo, enquanto a energia escura fosse a força que o faz se expandir cada vez mais rápido.
De qualquer forma, é importante destacar que há inúmeros estudos e missões científicas dedicados a entender a natureza desse mistério. Um exemplo é o Dark Energy Survey (DES), uma missão voltada para estudar a expansão do Universo e investigar a matéria e energia escura que permeiam o cosmos.
“O ‘universo observável’ é a região do espaço que os humanos podem observar de fato ou teoricamente com o auxílio da tecnologia. Pode ser pensado como uma bolha com a Terra em seu centro. Ele é diferenciado da totalidade do universo, que é todo o sistema cósmico de matéria e energia, incluindo humanidade. Ao contrário do universo observável, o universo é possivelmente infinito e sem bordas espaciais”, a enciclopédia Britannica descreve.
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